"Era uma típica segunda-feira, ou tão típica quanto eu pensava que seria, mas o destino (sempre esse filho da puta) me provaria o contrário.
Assim como é de meu feitio (palavra bonita não?) saí cedo de casa para abrir os portões do colégio (tá eu não faço bem isso, mas é que eu chego tão cedo naquela budega que parece que faço isso).
Chegando lá, pra variar não tinha ninguém (que puta redundância) então esperei pacientemente até que meus amigos chegassem.
O primeiro a chegar foi o Claudio, menino morador de Santa Cruz da Serra (alí perto da Terra do Nunca) que tem uma obsessão por pererecas e kamikazes (guarde bem essa informação pois ela será útil mais na frente).
- Já chegou Jaspion? - perguntou
OBS: aqui nessa história praticamente não nos chamamos pelos nossos próprios nomes, então com frequência aparecerão nossos epípetos em dedrimento de nossos verdadeiros nomes.
- Cara eu sempre chego cedo! Faço isso desde a quinta série.
- Você é maluco!
- Me diz algo que eu não saiba. - comentei entre um bocejo (outra coisa bem natural dos alunos do CP II)
- O que tem hoje?
- Química, Inglês e Português.
Passados dez minutos depois da chegada do Claudio, eis que o Belão, pessoa com grande volume capilar, surge no horizonte.
- Belessa Kápião?
- Belessa!
Já deve ter percebido que o Belão não é muito de falar.
Chegaram depois o Muskitu e o Rambo (pessoas de estaturas diminutas), Espeto (pessoa inteligente), Palada e Tadeu (pessoa forte mas não tão inteligente).
Ficamos conversando bobagens até a porteira abrir (ou seja, o sinal tocar). Depois de todos acomodados em seus respectivos lugares esperamos o capeta, digo a professora Valéria, chegar.
Lá no colégio, se o professor não chegar em 15 minutos, nóis (percebam o bom uso do português) tá liberado, porém sempre quando falta um minuto alguém invoca o desgraçado para dar aula.
Quando a dita cuja entrou na sala, mandou todos puxarem seus cadernos para começar a nos torturar com uma hora e meia de química. (MUAHAHAHAHA!!!)
Passada a primeira hora de tortura medieval, eu , findados as minhas anotações me virei para conversar.
Foi quando o capiroto surgiu por detrás de mim e colocou as garras sobre o meu ombro:
- Já terminou?
- Já querida professora! (não era verdade, mas eu diria qualquer coisa pra me livrar da megera.)
- E tá rindo por quê?
- Por que eu sou feliz! Quer um pouco de felicidade? Parece que tá precisando...
PARA TUDO!
CRITICAL HIT! K.O.! PERFECT! FANTASTIC! INCRIVELOU!
O sorriso na cara dela rapidamente desapareceu e se transformou em uma expressão maligna enquanto a turma toda explodia em gargalhadas.
- Então fica triste. AGORA!
Uma falsa triste face perpassou em meu rosto. Mais uma onda de risos percorreu a sala.
Ela se virou (falou alguma coisa que parecia: "eu vou me vingar!" típico de toda pessoa que acabou de ser humilhado na frente de trinta pessoas)
e começou a escrever furiosamente em seu diário, marcando cada letra com o mais puro ódio (muahahahaha!!!)
Finalmente o sinal toca para a salvação de todos. A valéria pegou suas coisas e saiu correndo sem falar com ninguém.
- Po Jaspion, acho que você magoou ela - disse o Espeto mal conseguindo conter sua risada.
- Pois é né?
O dois tempos seguintes transcorreram sem mais problemas, então fomos logo para o banho de sol (recreio/intervalo).
Como eu faço desde a quinta série (que sensação de deja vù, não?) fui comprar a Rosca da Tia
Pausa para explicações:
A tal "Rosca da Tia" é um biscoito em formato de rosca, o qual sou assíduo comprador e também adoro fazer trocadilhos com ela.
Cheguei lá e fiz minha clássica piada sobre roscas
- Tia, me vende a rosca?
- Hein?
Depois de efetuado o pagamento, abri o pacote com as rosquinhas. Como um urubu atrás de carcaças ao sol no deserto o Tadeu aparece:
- Me dá uma?
Depois de o Tadeu, o Palada, o Muskitu, Espeto, Claudio, Rambo e Belão terem assaltado uma rosquinha (no caso do Tadeu foram várias) ainda sobrou uma para mim.
Comi antes que algum infeliz venha roubá-la de mim. Diferente de outros dias, essa tinha um gosto meio estranho. Não sei definir muito bem.
Mais dois tempos de aula e nada de anormal. Ainda não...
Peguei o 476 normalmente, então subitamente bateu aquela dor de barriga monstruosa.
- Fudeu! - pensei...
Continua no próximo episódio...
No próximo episódio de "Quarteto Fandárdigo":
Uma coisa muito estranha acontece a Jaspion e seus amigos. O que seria isso? Será que Jaspion conseguirá sobreviver a súbita caganeira? E o que será que a professora do mal está tramando? Confira o próximo episódio aqui no Jaspion News!
Nossa, nem lembrava disso!
ResponderExcluirAnyway, conheço essa expressão de "banho de sol" não sei de onde...
xD
uhauahauh
ResponderExcluireu tbm
INCRIVELOU!
ResponderExcluirhauahuahauha
ResponderExcluirmto hilário!!!
qdo sai o próximo episódio?
Po adorei o quarteto vcs são mto engraçados!
ResponderExcluirMorri de rir aqui.
By, irmã do espeto.=]