sábado, 20 de fevereiro de 2010

As Crônicas de Jaspion

Carnaval passou mas nem por isso vamos deixar de ter lembranças memoráveis dessa festa.

Por isso estou aqui para narrar para vocês mais um capítulo de "As Crônicas de Jaspion", estrelando Jaspion em:

O CARNAVAL DO JASPION

Sábado - 13/02 - O Prenúncio da Desgraça

Eu sempre me ferro!

Como não poderia ser diferente dos anos anteriores, o carnaval deixa de ser uma festa (ou um feriado bem proveitoso) e passa a ser um pesadelo (pelo menos para mim).

Feriados, na minha opinião, são uma ótima oportunidade de ir para a casa dos outros, comer a comida deles, bagunçar as coisas deles e coisas do tipo...

Pena que meus primos também concordem com isso. ¬¬

No início do dia, minha mãe havia me lembrado que meus primos haviam se convidado iam passar o carnaval conosco, ou seja, todos os planos que eu tinha ou pretendia ter foram pro saco.

Não satisfeita em acabar com a alegria alheia, ela fez questão de pulverizar qualquer esperança de ter um carnaval feliz... Ela confiscou o meu notebook (4GB de RAM, HD 320GB, tela de 15 pols, Windows Seven e Bluetooh integrado!)

"Eu não quero que isso vire brinquedo nas mãos dos seus primos e ponto final." Essa foram suas palavras. E eu aprendi em quase 19 anos de vida que se você ter algum amor pela sua vida é melhor não discordar da minha mãe...

Resignado com o fato de que ficaria sem meu note até o fim do carnaval pensei: "Pelo menos ainda tenho o PC"

Eis que o destino quis mais uma vez que meu feriado em família seja fadado ao caos.

"Você também não vai ligar isso!" Fim de Papo.

Uma hora depois meus primos chegam... e tem-se início o desastre.

Se Leonidas não teve medo de enfrentar os duzentos mil soldados persas, ele pensaria duas vezes antes de encarar meus primos.

Patrick, 14 anos, O menos chato. Erick, 11 anos, O Peste. João Pedro, 12 anos, O Quieto. Camila, 5 anos, O Terror dos Couros Cabeludos. Ana Maria, 13 anos, A Escandalosa e Luísa, 10 anos, A X-9. Isso sem contar com mais três tios e mais o Tadeu que acabou se instalando por aqui no dia anterior.

Somando aos já residentes, totalizavam 14 pessoas dentro de uma única residência, ou seja, o caos estava instalado.

Já que não havia PC nem note, minha última opção de lazer (eu sei que você pensou merda quando leu isso, não adianta dizer que não) foi o PlayStation. Bem... na verdade não é 100% meu: o console, um controle, o memory card e a maioria dos jogos são do mulequinho do prédio que eu roubo me empresta isso tudo.

Com os garotos entretidos com o videogame, as garotas brincando no play e os adultos com seus afazeres, o dia terminou sem mais transtornos. Até cheguei a pensar que esse ano poderia ser diferente. Ledo Engano.

14/02 - Domingo - Excursão Into Inferno

Acordamos cedo nesse dia. Depois de devidamente alimentados e arrumados, o batalhão rumou para a igreja cumprir seus deveres católicos. No caminho uma saudável brincadeira do Fusca (vide "Coisas Legais Para se Fazer em Família") onde a pancadaria rolou solta.

Uma hora depois fui levar o Tadz para o ponto de ônibus, já que a mãe dele havia o intimado a comparecer em casa. Traduzindo: Fodeu de vez!

Voltei para casa e encontrei uma multidão insandecida se preparando para ir à praia. Obviamente fui obrigado a ir. Levei o contingente até o local.

Foi só um deles colocar o pé na areia para todos esquecerem que são civilizados e se esbaldarem como se nunca tivessem ido numa praia na vida. Tendo encontrado um lugar estratégico, fixamos nossa barraca lá e todos correram para a água. Inclusive os que não sabiam nadar.

A situação ficou assim: a menorzinha ficou correndo pela areia, escavando buracos e jogando areia para todos os lados, Ana Maria e Erick estavam serelepes e pimpões mergulhando na arrebentação e saindo da água com toneladas de areia na cabeça. O maior estava decidindo se ia mais pro fundo ou não (na verdade ele tava se cagando de medo então preferiu ficar no rasinho #weak). Minha irmã e a Luísa estavam torrando ao sol. Os responsáveis que teoricamente deveriam estar controlando tudo, estavam conversando alheios a qualquer coisa e EU tive que cuidar para que ninguém se afogasse ou se perdesse, matasse alguém ou fosse sequestrado por traficantes internacionais de órgãos.

Terminado a excursão, voltamos para casa (levando consigo toneladas de areia, sujando e encharcando tudo e que quem teve de limpar mais tarde?? adivinha?) onde o almoço nos aguardava. Para não fugir a regra eu fui escolhido para lavar a imensa pilha de louça que tinha se formado.

Depois de algum tempo de PS2, alguma alma penada sugeriu que fossemos num bloco de rua! #palmas

Não gosto de bloco de rua! #prontofalei. Vejamos uma lista do porque:
1 - Detesto multidões eufóricas (sem falar suadas e bêbadas)
2 - Fazem uma zona enorme. E de zona já basta a da minha casa.
3 - Ambulantes extelionatários (R$ 3,50 uma lata de Skol! Que absurdo!)

Me chamem de anti-social se quiserem, mas eu prefiro ficar em casa do que sair por aí gritando feito louco tacando confete na cara dos outros. Após insistirem, resolvi ir (até porque podia fugir pela multidão). Assim que saimos, fomos brindados com a magnífica imagem de uma mulher urinando (vamos usar o termo técnico que assim fica mais bonito) bem no jardim em frente ao meu prédio! Fato totalmente dispensável.

Foi difícil, mas consegui sobreviver a mais um dia de sofrimento.

15/02 - Segunda - Semeando a Discórdia

Não aguento mais jogar PlayStation! Depois de ter ownado meus primos em todos os jogos que tinha ficou um saco jogar.

Solução: "Anderson! Porque você não leva esses garotos à praia?

Pronto. Além de ter de aturar meus primos DENTRO de casa, também tenho que aturá-los FORA dela. E para piorar ainda tenho que tomar conta deles.

M.M.J. - Momento Maligno do Jaspion

No caminho até a praia vi um Fusca... não resisti. Mandei O Pescotapa no muleque de 11 anos e gritei "FUSCA" . Gente! O garoto fez um ângulo de 90º com o corpo! Quase um duplo twist carpado no chão! ... Sorte dele que minha mãe não estava junto.

M.M.M.J. - Momento Maligno da Mãe do Jaspion

Dois dias após o Ano Novo, minha mãe precisou fazer compras e me arrastou junto com dois primos para ajudar. Foi nesse dia que comecei com a brincadeira do Fusca. Quando minha mãe viu um... Acho que ela se empolgou demais e lascou A PORRADA no pescoço do Primo nº 02 que a marca dos dedos dela ainda devem estar tatuados na nuca do infeliz...

Eeeenfim, voltando a história.

O que me consolou naquele dia foi o fato de que eles iam embora no dia seguinte! \o/

Terça - 16/02 - Despertar de um pesadelo (ou não)

Acordei serelepe e pimpão. Nem me importei de ter levado meu primo ao shops para comprar "O Ladrão de Raios". Assim que eles foram embora pensei: "Alívio!"

Eis que surge novamente o Tadz na história.

O ser bate na minha porta , na companhia de mais quatro seres, me chamando para ir pro Bloco do CP2. Concordei. (afinal depois dessa tortura, sair com os amigos faz bem)

Só que o dito bloco era no Humaitá, ou seja, teria que desembolsar o money pro busunga.

"Vou a pé." - Foi a coisa mais idiota que já falei. Enquanto os outros iam confortavelmente sentados dentro do ônibus, o otário aqui foi a pé PORQUE NÃO QUIS GASTAR DINHEIRO!

Pois bem, se é pra se ferrar pelo menos leve alguém junto. É o que eu sempre digo. Resolvi passar na casa de uma garota para convidá-la. Após algum tempo (ela tinha resolvido não ir e eu apoiei a ideia) saimos para dar uma volta nos 8 km do perímetro da Lagoa.

1 km... 2 km... no 3º km meus pés já estavam pedindo arrego e no 5º eles sucumbiram (palavra bonita não?). Ela até que tentou me animar para continuar, mas meus pés e pernas gritavam por piedade e socorro. Resolvemos pegar um ônibus para voltar. Deixei ela em casa (e após um beijinho de agradecimento ;] ) voltei pra minha casa e me larguei na cama.

10 minutos. É o tempo que durou meu sossego. Era minha mãe berrando para eu ajudá-la a arrumar a casa. Fui de má vontade, mas fui.

FIM

o/ Se você conseguiu ler tudo isso, parabéns! Você está pronto para sobreviver a uma das minha crônicas.

Não percam o próximo episódio de "As Crônicas de Jaspion".

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